De Palavras e Sonhos

quinta-feira, novembro 18, 2004

Já começou?! Onde iamos mesmo?

Outro dia estava a falar com uma amiga minha- bela por sinal ;) - e a conversa acabou por descambar nas asneiras. Não, não começamos a trocar insultos, começamos sim, a falar sobre porque é que as pessoas dizem asneiras.
E eu, armado em puritano (gringo para os leigos), comecei a dar um ar da minha graça... tudo para acabar por ser chamado de "tone". Se o meu nome fosse António até não me importava, mas esse não é o meu nome.
E quem não adora aquela menina?! :)

Mas ao que interessa...
Eu por acaso não as profiro, mas há quem o faça. Por isso, perguntei- lhe porque é que ela achava que as pessoas diziam asneiras. Ela achava que isso acontecia porque aliviava, fazia libertar o vapor, algo nessa linha de pensamento.
Eu não concordo que as coisas funcionem assim. Acho que há outras maneiras de nos acalmarmos, isto porque há quem as diga e esteja tudo, menos chateado/a, por isso...

Sinceramente, eu não gosto de ouvir palavrões.
Isto pode- vos parecer disparatado, mas eu acho que isso nos faz perder um bocado o "brilho". Ouvir as pessoas a dize- las, causa- me um certo desconforto. É como se não fossem elas a falar naquele momento, mas outra pessoa.
Eu acredito que elas tem uma carga negativa e que quando as usamos perdemos um bocado aquilo que temos de bom.
Imaginem um rosto o mais defindo possível e que da boca começam a sair certas palavras. O tempo vai passando e o rosto vai perdendo a sua nitidez, deixa de reflectir luz para ter aquele aspecto baço.
É como se cada palavra cauaasse uma onda que se divide em dois. Uma vai para fora e entra nos que a ouvem e a outra, já voando dentro de nós bate de frente com o nosso ser e choque a choque vai quebrando, rachando.

Acho que já perceberam a imagem que eu quero passar.
A verdade é que isto ultrapassa o simples acto de dizer uma asneira. Uma palavra, gesto, atitude que não venha do coração de certeza que não nos vai fazer bem, vai sim enegrecer- nos. Mais depressa do que pensamos, deixamo- nos de nos reconhecer naquilo que outrora eramos "bons".
Não quero parecer neurótico, mas acredito que lentamente nos podemos deixar decair sem dar fé.
Não será também possível que ao sair dum caminho e entrar noutro, as pessoas que já lá estão nos queiram fazer esqueçer em voltar?

Mais uma vez: comecei com asneiras, mas também não fiquei quieto. Espero que tenham feito um caminho o mais paralelo possível ao meu.

O que nos leva embora? Não sei direito. Talvez certos sentimentos , viver para outros, indiferença, irresponsabilidade, etc.


Para fugir a um sentimento de pessimismo que deixei escrito atrás, há um simples remédio...e não custa nada: Deus/Amor. O espírito é o mesmo! Como usar o remédio? Só perguntando ao Farmacêutico ;)
Délio Melo quinta-feira, novembro 18, 2004

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