De Palavras e Sonhos

quarta-feira, maio 24, 2006

Alguém viu?

Alguém viu uma bomba atómica explodir?

Ela foi lançada e já matou milhões. Caiu entre gente desprevenida - que preferiu fechar os olhos ao horror do fogo dilacerante e dos gritos ensurdecedores...do inferno na Terra.
Mas houve quem não fechasse; houve quem tivesse a coragem de ver tudo de início ao fim e de criticar, de tentar impedir que não continuasse um segundo mais.
Mas infelizmente não chegou.
Os anos passaram e muitas mais morrem lentamente das radiações que o tempo levou pelos quatro cantos do mundo. No fundo, era só uma questão de tempo.
Mais Homens bons morreram: uns sozinhos, afastados, e outros tentando por tudo, até ao último sopro, elevar as almas de milhões de doentes, de corruídos e de vivos (que caminhavam para o mesmo). – aquela luz salvaria-os a todos se a recebessem.

Alguém viu um mau político? Um mau amigo? Um mau Pai...
Délio Melo quarta-feira, maio 24, 2006 | 2 comments |

quinta-feira, maio 18, 2006

2 anos!!

Quem diria! 2 anos já passaram...o tempo voa.
Sei que não são muito que visitam este espaço, mas para aqueles que o tem vindo a fazer e para os que o fizeram, um grande obrigado!
Espero que continuem a vir e que o aqui encontram seja do vosso agrado!
Por mais um ano!
Délio.
Délio Melo quinta-feira, maio 18, 2006 | 2 comments |

quinta-feira, maio 11, 2006

Azul suave

Já alguma vez viste como diferente é a luz do sol quando parcialmente tapado por algo?
Um pequeno eclipse que deixa o céu num azul suave brilhante, mágico e hipnotizante.
Não haveria fotografia no mundo que me desse de novo aquele sol tapado pela esquina do andar, por cima daquela loja, naquele dia. Só se pudesse parar o tempo e ficar a olhar por mais um bocado…só mais um bocado.
Quando o céu ganha aquele algo de especial, e eu o fixo, é como se entre os meus olhos e ele não existisse espaço algum, como se aquele céu continuasse o meu olhar…era meu, todo e de uma só vez. Pequenino só para mim.

Às vezes quando visito a minha rua antiga, aqueles prédio enormes, tapando a minha vista, eludem-me a pensar que para lá deles não há mais nada; que o mundo perdeu uma dimensão e por cima deles repousa o céu.
Não os olhos inteiramente como sou hoje; olho-os como quando tinha 10 anos e tudo parecia enorme e único.
Délio Melo quinta-feira, maio 11, 2006 | 0 comments |