quinta-feira, novembro 22, 2007
"Abri a janela e..."
Foi de tarde, num dia de calor e brisa quente penetrante, que eu contemplei.
Abri a janela e encostei-me na sua ombreira. De dentro vinha uma suave música que ia sendo abafada pelo flutuar do cortinado ao ser mexido pelo vento.
Ali, observava, como que guardando com os olhos, os prédios em redor, as frágeis árvores e a erva do (futuro) jardim, aquela pessoa ou outra que passava, o ar, a luz do dia e o calor no ar, o espaço e o tempo.
Foi de tarde - foi naquela tarde - um momento único, onde algo parecia ter atrasado o tempo, dando-me a sensação de ver tudo a existir e mexer-se ao mesmo tempo. E tudo era bonito.
Por mim percorria tudo isto novamente - num dia onde no meu coração existia paz e compreensão.
sexta-feira, novembro 16, 2007
"Gears of the Machine"
domingo, novembro 11, 2007
Não é inveja
Não é inveja? Eu não lhes quero tirar nada - mas também não me ocorre desejar-lhes nada.
Ao ver apenas uma foto eu lembro-me de que não tenho aquilo. Posso passar 364 dias de um ano sem pensar ou sofrer com aquilo, mas naquele último, naquele único momento, volta tudo ao mesmo.
Então, não me apetece fazer nada. Não me apetece rir, não me apetecer falar, nem me apetece mexer...
Não me apetece mais nada. E a única coisa que me preenche é esta apatia - a mesma que me tirou a alegria toda. Estranho, não é?
Agora, enquanto ouço música, continuo a olhar para o monitor à procura de algo… só não me lembro de quê…