De Palavras e Sonhos

domingo, setembro 21, 2008

Unidos para sempre

Abri os olhos… já era de manhã.Não tinha que pensar em nada, nem em ninguém. E a pensar nisso continuei, durante um bocado mais, sentado na cama, apoiando-me nos braços, a olhar pela enorme janela do meu quarto, por onde aquela luz toda entrava. Lembrava-me do belo sonho que tive, onde me senti em paz: onde existia apenas o meu chão, a luz do sol e uma brisa que chegava até mim exactamente como o queria: quente, frágil e doce.

Encostei-me aos meus joelhos e agarrando-os, deitei-lhes a minha cabeça por cima e fechei os olhos, relembrando.O silêncio do bater do meu coração era a única coisa que eu ouvia. E as palavras que ela me tinha proferido, a lufada de ar que a minha alma precisava para continuar a arder – como as cinzas ainda incandescentes, eu estava pronto.

Ali estava eu… e ela… algo belo que aguardava acordar para mim, só para mim, e olhar infinitamente para mim e ver cá dentro apenas o seu reflexo, banhado pela luz do sol e por uma brisa quente, frágil… doce… como a sempre quis.
Délio Melo domingo, setembro 21, 2008 | 0 comments |