quarta-feira, outubro 03, 2007
Hipnotizado?
Eu estava só sentado, a pensar, com um papel branco na mão.
Pensava em coisas que já devia ter esquecido... pensava outra vez, com outra pessoa.
Já perdi a conta às pessoas que me serviram para essa altura e que agora não me dizem nada.
Pensava em coisas que já devia ter esquecido... pensava outra vez, com outra pessoa.
Já perdi a conta às pessoas que me serviram para essa altura e que agora não me dizem nada.
Faço e meu filme na minha cabeça e sigo em frente - até chegar a vez da próxima.
Pensava, quando o papel branco tomou o centro da minha atenção e naqueles segundos deixei de saber o que fazer. Quase como se tivesse uma crise de ausência por um breve momento, e ao ganhar novamente consciência lá estava o papel que eu rodava vezes sem conta e dali não saia, nem sabia sair.
Apenas tinha em mim uma estranha consciência de perda – quando não perdi nada. Eu sabia – e sei – de onde vinha esse sentimento. É que esse “pensar” trazia de volta algo: um efeito de uma causa; uma reacção de uma reacção. Era inevitável, ele vinha e virá sempre à mistura.
E continuava a pensar que a queria… e contínuo (mesmo que sem consciência de o fazer?).
