De Palavras e Sonhos

quinta-feira, agosto 17, 2006

Quando acordei...

já toda a gente tinha saído.

Passei meses a acordar para pessoas e barulhos à minha volta...até me tinha esquecido de como era ter o silêncio nos ouvidos.
Ao início é esquisito, e as memórias dos dias anteriores voltam como que por reflexo, mas depois, lentamente, isso vai ficando para trás e abre-se a janela para o novo dia.
Nunca antes tinha tido tanta consciência do meu quarto – deve ser porque estou só. Com a cortina totalmente aberta, e os raios de sol a entrar, o quarto parece-me diferente, novo para mim...mais bonito que o normal até.
Sempre o tive recheado de coisas, mas desde o momento que apenas deixei o essencial aqui dentro, tornou-se mais leve para os meus olhos. - Caminhar naquele chão quente pelo sol foi a coisa mais confortável que poderia ter sentido.
Abri aquela janela que subtituiu a parede no meu quarto e dei de caras com uma leve brisa matinal e um calor aconchegadores que me prenderam naquela posição durante um bom bocado.
Fui lá para fora. Atravessei a acalmia do terraço e sentei-me (na berma do mesmo).

Daqui ao horizonte...uau - que distância... Mas não deixou de ter aquela vista maravilhosa que tinha desde que reparei nele, terminava a minha infância. Todos aqueles sonhos...
Apetece-me esticar o braço e puxar o horizonte...mas como dizem, “devagar se vai ao longe”.


Ahh! Esquecia-me... ontem foi o meu último dia neste mundo.
Aqui, sinto que fiz a escolha certa!
Délio Melo quinta-feira, agosto 17, 2006

2 Comments:

mais uma x um texto profundo!!!!

de q trata?ou melhor de kem?
andreadmelo.blogspot.com

Add a comment