De Palavras e Sonhos

sábado, julho 07, 2007

Como pode um colosso morrer?

Como pode um colosso morrer?

A felicidade não é reflexo de um Homem, mas de uma nação (humana). E é ai que começa a falsa percepção.
não adianta procura-la só para nós e fechá-la a sete chaves como se de uma coisa rara se tratasse (não fossem estes os nossos tempos).
Há ilusão maior do que esta? É como querer um oceano para um só Homem com sede. E os outros?

No dia em que pensares que já andaste muito vais olhar para trás e vais ver o início colado às tuas costas.
Não poderia haver mais sinais todos os dias do quão cegas e erradas estão as pessoas, seja por se deixarem guiar por prazeres, por falsas crenças ou pela ideia de que o mundo funciona bem sem a sua intervenção.
Mas não funciona.

O mundo partilha um único coração e lá dentro estamos todos, quer nos apercebamos disso quer não.
É verdade que não consigo sentir o mundo inteiro ao mesmo tempo e da mesma maneira. Nem é suposto. Quando ao meu olhar fugir uma pessoa era suposto estar lá alguém...
Mas não está.

Estranhamente as pessoas associaram amor, empatia e amizade com o espaço: quanto mais perto da vista, mais perto do coração; quanto mais longe da vista, mais longe do coração.
Meio mundo deixou de reconhecer o outro até que um vizinho passou a esquecer o outro, quase como se múltiplas realidades coexisitissem dentro de uma maior e assim o mundo de cada se revelava diferente com mais ou menos pessoas, com mais ou menos valor.
"Beber para esqueçer", ignorar para não lembrar (quando o sofrimento nos impele a fazer algo mas a tentação de ficar quieto nos vence).

Há colossos que morrem aos poucos, há outros que não aguentam tanto...
Délio Melo sábado, julho 07, 2007

1 Comments:

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