De Palavras e Sonhos

quarta-feira, agosto 15, 2007

Sempre

Na minha rua passam carros a toda a hora – de um lado para o outro, daqui para ali…
Há minha frente está um grande prédio que me tapa muita da vista que tinha antes de vir para aqui morar.

Pode parecer estranho mas ao olhar para fora de casa, sentado na varanda, parece que fui de férias para um lugar “esquisito”… e estou aqui há quanto tempo? 10 anos?
Talvez este sítio não seja o melhor para mim. Secalhar eu é que sou o organismo estranho no sistema. Mas há algo de especial aqui também. Ao olhar para a esquerda há um pequeno grupo de prédios que parecem estar sempre na mesma, como se tivessem sido deixados ao (ao tempo). Não são bonitos, têm algo no seu desenho como conjunto que os tornam especiais (como uma memória antiga ou um sonho quase real que nos levou para cantos que simplesmente não existem neste mundo acordado). E logo por trás, um conjunto de montes que transpira ainda mais acalmia do que o outro.

Se olhar para um não consigo atingir a beleza do seu cenário, é quando os vejo simultaneamente que pareço ver algo mais.
Como é que duas imagens tão distantes, tão distintas, parecem agora tão próximas, tão ligadas… tão “necessárias”?

Porque é que só consigo descobrir este lugar às vezes? E tantas mais perguntas me passam agora pela cabeça...
Délio Melo quarta-feira, agosto 15, 2007

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