De Palavras e Sonhos

segunda-feira, dezembro 10, 2007

Três céus - III

Ela:

O meu coração iria ser posto realmente à prova hoje. Iria algo em mim continuar a crescer ou será que se iria refrear? Ainda que levemente, sentia-me inclinada para um lado.

A manhã tinha começado como uma manhã típica de Verão: quente e carregada de boa disposição.
Levantei-me, vesti-me e fui para a praia. Ainda trinquei alguma coisa para não ir de barriga vazia, mas a fome iria aguardar para depois do banho.
Ao chegar à praia vi-o logo a esticar a toalha e a montar o guarda-sol em seguida.
Sorria... e por fora também!
Fui ter com ele para o cumprimentar. Como estava sozinha e ele também, perguntou-me se lhe fazia companhia. E como também estava sozinha, “claro que “sim”! – Exclamei com alegria.
Falamos durante a manhã inteira e pude ver que era um rapaz mesmo querido. Não exagerava na conversa, nem no modo como agia. Era calmo e ao mesmo tempo adorável de ver.
Ao olha-lo nos olhos senti que havia mais nele do que a sua maneira de ser mostrava. Não era algo de triste, pelo contrário, era algo de bom.
Era magrinho, branquinho, mas saía dele um olhar de carinho muito especial e que me agradava muito.

Ainda o convidei para, de tarde, vir para junto de mim e das minhas amigas, mas disse-me, um pouco timidamente, que ficava para outro dia, que ir-se-ia sentir “meio sem jeito” – nas suas palavras – entre elas.
Então, acabei por não estar com ele de tarde. Mas antes de ir embora ainda pude estar com ele quando o apanhei a ir para o banho.
Combinamos de nos encontrar de noite depois do jantar na entrada da praia para tomar um café ou passear.

Cheguei a casa cheia de vontade.
Tomei um longo banho para tirar a areia e o cheiro do mar e jantei uma grande janta.
Mas ainda faltava tanto tempo para as 21h... O tempo passava devagarinho e nem a televisão parecia ajudar a matar o tempo e a ansiedade.

Já só faltavam trinta minutos. Como não me apeteceu (leia-se aguentar) esperar mais sai e fui para a praia.
Ele chegou ainda não eram 21h.
Antes de irmos para o café fomos dar uma volta. Como ele não conhecia ainda bem a zona decidi fazer-lhe uma mini visita guiada.

O tempo estava muito agradável para passear, quase que não havia vento. Ainda era cedo e só os restaurantes estavam cheios de pessoas. Melhor assim, a atmosfera para nós ficava muito melhor com as ruas só para nós.
Délio Melo segunda-feira, dezembro 10, 2007

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