De Palavras e Sonhos

segunda-feira, dezembro 17, 2007

Três céus - IX - Parte 2

Ele:
De manhã quando acordei e a vi ao meu lado, imediatamente me veio à cabeça a noite anterior… os beijos e as palavras que trocamos…
Mexi-me o mínimo possível para não a acordar, e quando me pus confortável ao lado dela comecei, suavemente, a passar-lhe a ponta do dedo pelos braços. De cima para baixo e de baixo para cima.
Continuava sem acordar. Mexi-lhe também no cabelo puxando-o para trás da orelha, passando-lhe depois a mão por entre o cabelo… até que ela acordou.
E como da primeira vez, muito se espreguiçou! Olhou-me pelo canto do olho e agarrou-se a mim, fazendo-me deitar também.
“Olá!” – disse-me. Puxou a cabeça atrás e levemente bateu com o dedo nos lábios duas vezes como que pedindo algo e fechou os olhos.

Quem é que ia negar algo a alguém tão bonito?
Por causa dela passamos o resto da manhã… não, o resto do dia assim.

O único intervalo acabou por ser o almoço – que ela cozinhou para nós!
A praia só veio pelas cinco horas. Tinha estado muito calor durante a tarde, por isso preferimos ficar na “brincadeira” em casa dela.
Quando lá chegamos já as amigas dela estavam lá há horas à espera dela. Pelos vistos elas tinham-lhe ligado mas ela nunca atendeu o telemóvel – eu cá também não ouvi nada.
Assim que ela lhes contou que namorávamos, foi ver raparigas perto de histéricas. E tanta gente ali ao lado a vê-las…
Se fosse noutra altura até ficava sem jeito, mas agora… eu queria lá saber!

“Felizmente” (não posso dizer que me importava muito) uma hora e tal depois de chegarmos elas foram-se embora (sempre a sorrir com ela).
Os minutos passavam e as pessoas iam indo embora assim que o calor também se ia, deixando a praia cada vez mais deserta. Foi ai que nós aproveitamos mais a praia.
Sozinhos, sem vergonhas! Era carinhos, era brincadeiras (atirei-a para a água não sei quantas vezes!) … foi de facto um fim de tarde maravilhoso, um que eu nunca tinha experimentado, melhor do que imaginado.
Mas a melhor parte foi vê-la deitada na toalha ao meu lado.
Nós tínhamos ido ao banho e pouco tempo depois de sairmos da água o corpo dela começou a secar deixando-a com um “ar” incrivelmente bonito: bronzeada, com o cabelo molhado e uns lindos olhos acastanhados brilhando… como era possível alguém não a adorar?
Mesmo gostando de me estender na toalha e fechar os olhos depois de tomar banho (ali deitado a secar ao sol sempre foi, para mim, a melhor coisa do ir à praia), não dava para desviar a atenção dela.
Ela sorria-me da toalha dela e eu era o homem mais feliz do mundo!

Por mais dias que eu pudesse namorar com ela ou com outra pessoa, aquele primeiro “momento” vai sempre ser especial para mim em todos os sentidos.
Ela:
Eu dormia e dormia sem que barulho algum me acordasse, mas com uma leve impressão na cabeça e nos braços acordei.
Ainda com os olhos mal abertos, vi-o. Lembrei-me logo do que tinha acontecido no dia inteiro de ontem… e sorri! Mal soube onde estava agarrei-me logo a ele.
Mas eu queria mais, eu queria beija-lo outra vez. Olhei-o nos olhos (da maneira mais sexy que consegui pela manhã) e batendo com o dedo nos lábios pedi-lhe que me beijasse.

Na minha cabeça não me passava outra coisa senão beijá-lo e agarrá-lo.
Mas uma rapariga tem que se cuidar e agora que namorava tinha que manter a linha para o seu príncipe, né?
Preparei-lhe um grande almoço (para ver se ele ganhava um bocadinho de chicha!) e depois passamos a tarde no sofá, encostados um ao outro a ver televisão, a trocar mimos e sorrisos.

Até que me apeteceu ficar assim o resto da tarde, mas como estava tão bom tempo, decidimos ir para a praia – aproveitava e contava a novidade às minhas amigas.
Verdade seja dita que não demorou muito para eles descobrirem. Mal nos viram, viram-nos de mão dada, por isso…
Foi tão engraçada a reacção delas – e minha também! Quando me viram vieram logo a correr na minha direcção. Agarraram-se a mim e deram-me os parabéns não sei quantas vezes.
Quando pude ganhar espaço e olhei para ele, só se ria com a cena!

Ver aquela comoção toda, e que era dirigida a nós, só me fez sentir ainda mais especial…

Como nós chegamos um bocado tarde, acabei por não lhes dar os pormenores todos – Também, era um bocado chato tê-lo ali a ouvir aquilo.
Uma tinha coisas combinadas, outra ia-se encontrar com uns amigos, etc.
E novamente estávamos sozinhos.
A primeira coisa que eu fiz foi correr para a água. Sim, eu sei que parecia tola a correr, mas eu estava feliz e única coisa que me importava era o que ele achava…e ele gostava de mim assim!

O nosso primeiro dia de namoro durou 24 horas (ou perto) e foi o dia mais feliz da minha vida! E nada neste mundo ia apagar esse sentimento!
Délio Melo segunda-feira, dezembro 17, 2007

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